quinta-feira, 20 de agosto de 2009


O Grunge ou Seattle Sound, ganhou o mundo no inicio dos anos 90, movimento independente, acabou estourando e virando um dos maiores sucessos da industria fonográfica de todos os tempos.
A quem associe esse movimento a outros ocorridos anteriormente na década de 80, como hardcore, musica alternativa ou até mesmo heavy metal, pode até ser, mas acredito que algumas bandas tenham como inspiração o cenário alternativo, porém é certo que é sua característica é realmente local, o berço do Grunge, Seattle, deve ser o principal motivo de inspiração para o surgimento de tantas bandas, muitas tornando-se referencia e criando um estilo de rock totalmente diferente dos existentes até então.
Assim como no indie rock e o punk, as musicas concebidas através do Grunge, abordavam o desconforto, a inconformidade, o desapego aos padrões estabelecidos pela sociedade, em um misto de angustia e revolta, a combinação de guitarras distorcidas, melodias trash, o arrasto de um som forte com variações abruptas, fades repentinos, voltando ao peso rapidamente, acertou em cheio jovens americanos e depois no mundo, que olhavam com desconfiança e muito pessimismo o futuro próximo de suas respectivas sociedades, esse som forte e muitas vezes sarcástico, passou a ser a bandeira empunhada por jovens que sentiam refletidas naquelas notas e melodias suas expressões.
Essas características e a reação do fãs do grunge a esse movimento musical pode ser comparado em partes com o surgimento da musica punk, porém não convém comparar os estilos, apesar de muitos dizerem que a influencia é clara e que, além da musica punk o Grunge carrega as guitarras pesadas dos anos 70, Black Sabbath de um lado e o diferenciado punk do Stooges do outro, na boa, ouvindo muito ficam claras as diferenças, guitarras do heavy ou os motivos do punk não se assemelham em nada com rock nascido nas garagens de Seattle a base de drogas e depressão, o movimento punk realmente mudou muito o conceito dos jovens de sua época, mas era um movimento muito além do pessimismo da era Grunge, o punk além de um grito de socorro, carregava a missão de mostrar a revolta e principalmente a reação de milhares de jovens que sentiam as mudanças sociais e o que elas acarretavam a suas famílias, ao desemprego, a politica, ao contrario do Grunge, punk significava protestar, a identificação do jovem com o Grunge tinha como base o olhar desconfiado sobre o futuro, mas o movimento jamais serviu voz de protesto, suas letras passavam longe disso, não sou nenhum especialista, mas os críticos de musica, como de qualquer outra forma de expressão e arte costumam fazer comparações e associações ridículas, adoram rotular e julgar ou até mesmo decifrar estilos publicando um monte de bobagens depois e estabelecendo isso como a pura verdade, sinceramente ainda acredito que o melhor critico, quem melhor decifra qualquer tipo de arte é o próprio admirador, que por algum motivo compreende, sente, sendo atraído pela obra por motivos que não poderia descrever, essa critica é única e verdadeira, comparações é coisa de quem gosta de parecer intelectual e dono da verdade sobre a história do rock.

Um comentário:

  1. Caracas, faz tempo que não passo por aqui e me deparo com este post de Seattle. Também falei dessa época lá no meu... rs... é mano, pensamos igual mesmo! Abraços!

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